TÁ TRANQUILO, TÁ FAVORÁVEL: É FESTA DA MISERICÓRDIA

Fala aê brodinhos católicos.

Você sabe o que celebramos no domingo subsequente ao domingo de Páscoa? A Festa da Misericórdia. Vamos entendê-la então...

No antigo testamento temos a figura de um Deus misericordioso que sempre teve compaixão de seu povo agindo com benevolência mesmo diante da infidelidade de seus filhos. E há quem diga que o "Deus do antigo testamento é mal", é mole. Mas o ápice da misericórdia de Deus foi revelada com a vinda de Jesus. Ele é o rosto misericordioso de Deus. 

Acontece que a Igreja de Cristo foi caminhando e Deus quis dar aquela lembrada a cada um de nós sobre a Sua misericórdia. Para isso ele usou quem?

a) Um rei poderoso

b) Um grande político

c) O presidente da ONU

d) Uma simples irmã

e) Nenhuma das alternativas

Se você respondeu a alternativa "d", você passou no vestibular do Verbum Tuum. E o nome dessa simples irmã é Maria Faustina, hoje conhecida como Santa Faustina de Kowalska. Na década de 30, Nosso Senhor apareceu para Santa Faustina e fez o seguinte pedido

 “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo o mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e castigos. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças… Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da minha Misericórdia”. (Diário nº. 699).

Mas a festa da Divina Misericórdia ficou por muito tempo sem ser celebrada. Ela só foi instituída solenemente no ano 2000 por São João Paulo II. Eis abaixo um trecho da Homilia de São João Paulo II no dia 30 de abril de 2000:

"Louvai o Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o Seu amor" (Sl 118, 1). Assim canta a Igreja na Oitava de Páscoa, como que recolhendo dos lábios de Cristo estas palavras do Salmo, dos lábios de Cristo ressuscitado, que no Cenáculo traz o grande anúncio da misericórdia divina e confia aos apóstolos o seu ministério: "A paz seja convosco! Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós... Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 21-23).
Antes de pronunciar estas palavras, Jesus mostra as mãos e o lado. Isto é, indica as feridas da Paixão, sobretudo a chaga do coração, fonte onde nasce a grande onda de misericórdia que inunda a humanidade. Daquele Coração a Irmã Faustina Kowalska, a Beata a quem de agora em diante chamaremos Santa, verá partir dois fachos de luz que iluminam o mundo: "Os dois raios, explicou-lhe certa vez o próprio Jesus representam o sangue e a água" (Diário, Libreria Editrice Vaticana, pág. 132).
Sangue e água! O pensamento corre rumo ao testemunho do evangelista João que, quando um soldado no Calvário atingiu com a lança o lado de Cristo, vê jorrar dali "sangue e água" (cf. Jo 19, 34). E se o sangue evoca o sacrifício da cruz e o dom eucarístico, a água, na simbologia joanina, recorda não só o baptismo, mas também o dom do Espírito Santo (cf. Jo 3, 5; 4, 14; 7, 37-39).

Concessão de indulgências

No domingo da Divina misericórdia a Igreja concede indulgências plenárias para os fiéis. Mas é claro que existem requisitos para isso. O cara precisa estar em estado de graça, ou seja, ter se arrependido e confessado seus pecados a um sacerdote pelo Sacramento da Reconciliação. É preciso tambem comungar do Corpo e do Sangue do Senhor e, por fim, deve-se orar em intenção do Papa, que no caso é nosso querido Papa Chiquinho (Chiquinho é só pros íntimos)
Então, vamos aproveitar essa grande graça que o Senhor nos reserva neste dia tão especial: deixemos que misericórdia divina invada nossa alma.
Deus te abençoe.